Quem nunca ouviu falar que fulano teve um AVC ou um derrame? O Acidente Vascular Cerebral, também chamado de Acidente Vascular Encefálico (AVE) tem como principal característica a perda rápida da função neurológica. Essa perda ocorre por dois motivos: entupimento dos vasos sanguíneos do cérebro (a isquemia) ou o rompimento desses vasos (a hemorragia).
Essa doença ocorre, literalmente, de repente e, assim, o paciente fica paralizado ou sente dificuldade de mover os membros de um lado do corpo. Outras consequências do AVC são: dificuldade na fala ou de articular as palavras; diminuição súbita de uma parte do campo de visão. Em alguns casos, também é possível evoluir para o coma e até mesmo causar a morte. Por isso, é importante que o paciente seja atendido rapidamente em uma emergência médica.
Um em cada três casos de morte por doenças cardiovasculares no Brasil são causados pelo AVC. As situações que fazem parte dos fatores de risco são: idade avançada, hipertensão arterial (também chamada de pressão alta), diabetes, colesterol elevado, tabagismo, entre outros.
AVC Isquêmico
Cerca de 80% dos casos de AVC são classificados como isquêmicos. Ele ocorre porque o sangue não chega ao cérebro, gerando sofrimento e enfarte do parênquima do sistema nervoso. No primeiro momento do AVC isquêmico não há morte do tecido cerebral. Porém, quando há a falta de irrigação de sangue nele, ocorre a rápida degeneração desse tecido, que precisa de oxigênio e glicose (levados pelo sangue) para manter vivos os neurônios. A área central morre em pouco tempo, mas a região ao redor do infarto central consegue sobreviver por mais tempo. Essa área ganha o nome de penumbra e é ela que merece mais atenção dos médicos.
As causas desse tipo de AVC são:
- Obstrução arterial (trombo ou êmbolo);
- Queda na pressão de perfusão sanguínea (estados de choque);
AVC Hemorrágico
É mais raro e responde por 20% dos casos. Nele ocorre a ruptura do vaso sanguíneo que fica dentro do crânio. Quando esse sangue entra em contato com o parênquima nervoso, ele o irrita. Essa inflamação, juntamente com o coágulo formado, prejudica e degenera o cérebro e suas funções.
Sinais e sintomas
O AVC é diagnosticado através da história e de exames físicos do paciente. Os principais sintomas são:
- Dificuldade em mover rosto e braços;
- Dificuldade de falar e se expressar;
- Problemas de visão;
- Fraqueza nas pernas;
- Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;
- Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
- Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
Ao apresentar esses sintomas, o socorro precisa ser rápido e, assim, diminui a probabilidade de sequelas.
Recuperação e tratamentos
A reabilitação varia de acordo com as características do AVC e de quanto foi afetado o sistema nervosos central. Um dos pontos mais importantes é a readaptação da vítima e de seus familiares à nova rotina, já que em alguns casos, o paciente torna-se dependente fisicamente dos demais. Os problemas psicológicos também são recorrentes. É possível o desenvolvimento de depressão. Por isso, quanto maiores os danos, maior deve ser o acompanhamento psicológico da vítima.
Caso ocorram sequelas, deve ser iniciado um programa de reabilitação e cuidados com o paciente. Esses cuidados são prestados por uma equipe multidisciplinar, formada por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, técnicos em enfermagem, enfermeiros e médicos.
Prevenção
O primeiro passo é identificar fatores de risco, como hipertensão, problemas cardíacos, diabetes, colesterol elevado, e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro. A prevenção secundária é dada pelo atendimento médico eficiente.
Curiosidade
O termo derrame não é apropriado para esse tipo de acidente, pois na minoria dos casos há um derramamento de sangue no parênquima encefálico.
Fonte: http://migre.me/bzLXM
Por: Sávio Bastos

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